Cidade do México
A representante da Dinamarca, Victoria Kjaer, foi eleita no início da madrugada deste domingo (17) como a nova Miss Universo. O show da final aconteceu no palco do espaço de eventos Arena CDMX, na Cidade do México, que tem capacidade para cerca de 22 mil pessoas.
A representante do Brasil, a pernambucana Luana Cavalcante, 25, ficou fora do top 30 na disputa e não participou da final. Esta foi a primeira vez, o mundial teve duas brasileiras na disputa em uma mesma edição. A baiana Glelany Cavalcante, 30, que representou a Itália, também não se classificou entre as finalistas.
Em segundo e terceiro lugares ficaram, respectivamente, as misses da Nigéria, Chidimma Adetshina, e do México, María Fernanda Beltrán. Completaram o Top 5 as misses da Venezuela, Ileana Márquez. e da Tailândia, Suchata Chuangsri.
Este ano o mundial celebrou sua 73ª edição com um número recorde de candidatas. São 125 mulheres de todas as partes do planeta, que lutaram pela coroa que pertencia à nicaraguense Sheynnis Palacios, 24, titular de 2023. Até o ano passado, o limite do grupo era de 95 representantes.
O evento foi transmitido pela emissora Telemundo, tanto na TV como na internet (Youtube). Uma das apresentadoras do concurso foi a modelo gaúcha Júlia Gama, que mora no México há alguns anos, e é dona do título de Miss Brasil e vice Miss Universo 2020.
INEDITISMOS
O elenco de mulheres do certame trouxe este ano uma lista de ineditismos, que apontam uma mudança histórica no perfil de candidatas a miss, marcando uma nova era na indústria dos concursos de beleza.
Além de Luana, que é a primeira mamãe a ser Miss Brasil, assim como a primeira mulher casada e a primeira pernambucana a representar o país no Miss Universo, outras misses ganharam holofotes ao quebrarem padrões antigos do Miss Universo. Entre elas, estava a egípcia Logina Salah, 34, que é a primeira candidata do concurso com vitiligo, e a sulafricana Mia Le Roux, 28, a primeira miss surda da competição — esta última desistiu da contenda às vésperas da final.
Vale registrar, entre as candidatas, houve um outro recorde de 16 mamães — incluindo a brasileira.
A partir de janeiro deste ano, o Miss Universo passou a permitir ainda a inscrição de mulheres de qualquer idade. A novidade é histórica, uma vez que isso nunca havia ocorrido em mais de 70 anos do concurso, criado em 1952. Antes, só podiam estar na competição misses entre 18 e 28 anos.
Por conta disso, em setembro passado, a modelo sênior sul-coreana Choi Soon-hwa, que é mãe e avó e tem 80 anos, tornou-se a mulher mais velha em uma das etapas do concurso. Apesar de todo o apelo, no entanto, ela foi finalista mas não venceu a coroa de Miss Universo Coreia.
A última edição do Miss Universo, em novembro de 2023, foi considerada a mais “plural” realizada até hoje, já que além de duas mulheres transgêneros (as misses Portugal e Holanda), teve entre suas candidatas uma modelo plus size (Miss Nepal) e duas mães (as misses Colômbia e Guatemala). Apesar disso, este ano não há mulheres transgêneros no elenco.
As mudanças no regulamento do concurso chegaram em um contexto inédito para a marca, que nunca esteve tão próxima dos temas de diversidade e inclusão. O principal motivador dessa disrupção foi a compra do concurso, há pouco mais de dois anos, pela empresária tailandesa Anne Jakrajutatip, que é uma mulher transgênero.