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Opinião - Eduardo Sodré: Metalúrgica Tupy terá recicladora de baterias com tecnologia que reduz perda de material

Opinião – Eduardo Sodré: Metalúrgica Tupy terá recicladora de baterias com tecnologia que reduz perda de material



A metalúrgica Tupy vai investir na reciclagem de baterias com tecnologia íon-lítio. A empresa aposta em uma solução tecnológica que resulta em compostos com, aproximadamente, 95% de pureza. Dessa forma, podem ser aproveitados em novos acumuladores.

Desenvolvido em parceria com o Larex-USP (Laboratório de Reciclagem, Tratamento de Resíduos e Extração da Universidade de São Paulo) e a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), o projeto recebeu R$ 12,3 milhões em investimentos iniciais —cerca de R$ 7 milhões foram aportados pela Tupy.

O início da operação de reciclagem está previsto para o primeiro bimestre de 2025, em uma planta instalada no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que fica no campus da USP, em São Paulo. O processo é chamado de hidrometalurgia flexível.

Trata-se de uma tecnologia que utiliza a química para separar os materiais presentes nas baterias, sem a necessidade de pirometalurgia —procedimento em forno que atinge a temperatura de 1.600 graus. Nesse caso, o lítio precisa ser restaurado e purificado posteriormente, o que gera desperdício.

André Ferrarese, diretor de pesquisa e desenvolvimento disruptivo da Tupy, explica que a solução é considerada flexível por ser capaz de processar, no mesmo lote, todas as químicas de baterias existentes no mercado, independentemente da concentração de materiais presentes na peça. Há maior aproveitamento dos materiais.

Embora a Tupy tenha forte ligação com o setor automotivo, o trabalho de reciclagem vai contemplar também baterias de smartphones, laptops e demais equipamentos que tenham acumuladores de íon-lítio. Segundo a empresa, estima-se que o volume mundial de baterias para reciclagem atinja 1.850 quilotoneladas até 2030.

Contudo há um desafio: os custos envolvidos no reaproveitamento ainda são maiores do que os valores aplicados na extração dos minerais. Gueitiro Matsuo Genso, vice-presidente de novos negócios e inovação da empresa de metalurgia, afirma que o ganho de escala é um dos caminhos para baratear a reciclagem.

Outro ponto destacado pelo executivo se refere a futuras legislações que devem exigir uso de material reciclado nas baterias, com aumento gradativo das concentrações desses elementos de reúso nas peças novas. A empresa, que atua em 20 países, quer alcançar mercados globais.


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