SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (11) a escolha do ex-deputado republicano Lee Zeldin como novo chefe da EPA (Agência de Proteção Ambiental, na sigla em inglês), a agência reguladora dos EUA para questões ambientais.
Zeldin chega ao cargo com a missão de cumprir promessas de Trump de desregular a indústria americana e revisar normas que têm o objetivo de proteger o meio ambiente e combater a mudança climática. No último dia 8, o jornal The New York Times havia dito que o presidente eleito já preparava a saída dos EUA do Acordo de Paris.
“[Lee Zeldin] vai tomar decisões de desregulação rápidas e justas, implementadas de forma a potencializar as empresas americanas, ao mesmo tempo em que mantém os mais altos padrões ambientais, incluindo a água e ar mais limpos do planeta”, disse Trump em um post na sua rede social, Truth Social.
Trump deve buscar voltar atrás de uma série de medidas ambientais tomadas durante o governo Biden, como a que determina redução em emissões de usinas elétricas e automóveis. O republicano já demonstrou apoio em cortar incentivos e reduções de impostos para carros elétricos.
Quando se candidatou a governador de Nova York em 2022, Zeldin se posicionou contrário a uma medida do estado que busca proibir a venda de carros movidos a gasolina até 2035. Ele também era a favor de eliminar a proibição de ‘fracking’ naquele estado -trata-se do chamado fraturamento hidráulico, técnica que usa água com areia e químicos para quebrar rochas profundas, em terra, e extrair gás e petróleo.
A técnica é criticada por ambientalistas, que veem diferentes problemas no processo: contaminação de lençóis freáticos por substâncias químicas, uso intensivo de água, degradação do meio ambiente e riscos para a saúde.
“Vamos retomar a supremacia energética dos EUA, revitalizar nossa indústria automobilística para criar mais empregos, e tornar os EUA o líder global em inteligência artificial”, disse Zeldin após o anúncio de Trump. Sua indicação precisa ser aprovada pelo Senado, onde o Partido Republicano tem maioria.