A Copa Libertadores está muito perto de nova decisão entre clubes brasileiros, algo que ocorreu em três de suas últimas quatro edições. Na noite de quarta-feira (23), um dia após o Atlético Mineiro ter vencido o River Plate por 3 a 0 em Belo Horizonte, o Botafogo conseguiu placar ainda maior contra o Peñarol, no Rio de Janeiro, no outro confronto semifinal: 5 a 0.
Os alvinegros, assim, deram enormes passos rumo à final –em jogo único, marcado para 30 de novembro, no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. O Botafogo entrará em campo na partida de volta das semifinais, na próxima quarta (30), em Montevidéu, podendo perder por até quatro gols. Se perder por cinco, ainda terá a chance de avançar nos pênaltis.
O Brasil vai dando sequência, dessa maneira, ao domínio que estabeleceu no futebol sul-americano de clubes. Se vem sofrendo nas disputas continentais de seleções, o país teve um de seus representantes como campeão nas cinco Libertadores mais recentes. A última decisão sem nenhum brasileiro ocorreu em 2018.
O Botafogo, que jamais alcançou a final, foi amplamente superior ao Peñarol no Engenhão. Após um primeiro tempo tenso, de poucas chances e muitas discussões –o ambiente parecia influenciado pelas ocorrências registradas no início da tarde, no Rio, com a prisão de ao menos 280 torcedores uruguaios por guerra com policiais na zona oeste, o time deslanchou na etapa final.
Quando finalmente a retranca uruguaia foi furada, os gols saíram em profusão. O primeiro deles foi de Savarino, aos seis minutos, com bonito passe de Luiz Henrique. Alexander Barboza, em escanteio, aos dez, e Savarino, em falha do goleiro Aguerre, aos 14, ampliaram. O placar foi fechado com bela finalização de Luiz Henrique, aos 28, e cabeceio de Igor Jesus, aos 34.