“Existem sinais claros de que a vontade expressa pelo povo venezuelano nas urnas não se reflete nos resultados publicados pelas autoridades eleitorais na Venezuela”, disse o chanceler.
Ao longo dos últimos meses, o candidato ainda tem se aproximado ao voto americano em outros temas, além de adotar um discurso similar ao posicionamento da Casa Branca. Isso inclui críticas à ofensiva da China na região, a proteção dos interesses de Taiwan, alertas sobre o Irã e mesmo sobre a imigração irregular.
O posicionamento do paraguaio agrada Marco Rubio, o futuro chefe da diplomacia de Trump, neto de cubanos exilados e que, ao longo dos anos, vem adotando um tom duro contra as ditaduras latino-americanas.
O candidato ainda esteve com Carlos Trujillo, um dos nomes chave da equipe de transição de Trump e ex-embaixador americano na OEA. Para ambos, o organismo internacional deve ter um papel maior, inclusive para barrar a influência de China, Rússia ou Irã na região.
Durante seu mandato como embaixador na OEA, Trujillo foi acusado de disseminar desinformação sobre a situação na Bolívia, no momento do golpe de estado contra Evo Morales, em 2019.
Naquele momento, o governo Trump articulou uma declaração conjunta com Jair Bolsonaro para denunciar “anomalias durante a eleição presidencial da Bolívia”.
Na OEA, os governos Trump e Bolsonaro ainda tiveram o apoio de Argentina e Colômbia para alertar que “o povo boliviano tem o direito de escolher seus líderes por meio de eleições livres e justas”.